Em outubro, a Genial Investimentos realizou mudanças estratégicas em sua carteira de renda fixa. Os analistas Guilherme Vianna, Ygor Bastos e Eduardo Nishio recomendaram a redução da exposição a ativos prefixados, ampliando o espaço para títulos atrelados ao CDI. Eles apontam que o fechamento da curva de juros futuros será mais lento do que o esperado, tornando o momento ideal para capturar essa oportunidade.
Além disso, a corretora incorporou o Tesouro Selic à carteira, oferecendo liquidez diária para ajustes rápidos, caso o cenário econômico sofra mudanças bruscas.
Com a taxa Selic em 10,75% e a inflação ainda acima da meta, a Genial destaca o cenário de incertezas. O dólar acima de R$ 5,60 e preocupações com o arcabouço fiscal aumentam os prêmios de risco. Diante disso, a estratégia de outubro foca em ativos pós-fixados atrelados ao CDI, que garantem liquidez e proteção. A corretora também vê oportunidades em títulos indexados ao IPCA, que atuam como proteção contra a inflação, especialmente com o aumento dos preços de combustíveis e energia.
Outro ponto de atenção é a elevação na curva de juros, especialmente no curto prazo. As taxas para janeiro e julho de 2025 subiram para 12,8%, refletindo a expectativa de juros altos por mais tempo. Nos vencimentos mais longos, a curva se estabiliza em torno de 11,7%.
Por fim, a Genial utiliza o cálculo de gross-up em ativos isentos de Imposto de Renda, ajustando os rendimentos para equipará-los aos de títulos tributados.
